O projeto de reforma teve como objetivo transformar uma residência de 1972 em galeria de arte. Foram projetados espaços para exposições temporárias, reserva técnica, encontros sociais e culturais e um jardim tropical. As diretrizes projetuais se concentraram em intervenções destinadas a valorizar a fluidez dos percursos, o significado dos espaços gerados, as diferentes cenas de iluminação e a relação interior-exterior.

O grande desafio do projeto foi interpretar as pré-existências para viabilizar o novo uso. A materialidade da casa existente foi definidora: a presença do concreto armado nos elementos estruturais, a cobertura com abóbadas e geometria complexa, a pedra Miracema nas áreas externas, o assoalho de pau-marfim recomposto e a parede de tijolos de barro preservada. A casa de quase 50 anos se mantém presente na cena local com sua arquitetura original valorizada pelas formas e texturas dos materiais, pela iluminação e principalmente pela atração que o novo uso provoca.

Um dos desafios do projeto foi interpretar as pré-existências para viabilizar o novo uso.